Vou confessar um sentimento aqui para vocês. De início eu não gostava de fotografar grávidas. Me sentia desconfortável em enquadrar aquela barrigona desproporcional, que não correspondia com a realidade da fotografada. Hoje em dia é tudo diferente. Depois de viver a experiência do milagre da vida, presenciando tudo sempre ao lado de minha esposa, inclusive o parto normal, vejo nas gravidinhas minha esposa Maria quando gestava Marina minha filha - momento sublime da minha vida - guardado no íntimo do que há de melhor nas minhas memórias. Me vejo assim nos papais que acompanham sua esposa no ensaio. Eles são como eu era em 2012 olhando e admirando aquela barriga (que antes era proporcional, mas que agora faz todo o sentido). E a gente conversa sobre esse período da vida durante o ensaio, conto minha experiência...e tudo isso ajuda na hora de estar atento ao fotografar o casal. Atento à reação e olhares do pai, da alegria da gestante...da experiência que eles estão vivendo e que já vivi. Fazendo com que as fotos tenham não só apenas o "olhar do fotógrafo", mais além disso: um olhar de pai.
Só há duas maneiras de viver a vida: a primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre. (Um certo Albert Einstein)
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